Papa às Irmãs Mínimas do Sagrado Coração: sejam mães para o mundo

No sábado, dia 8 de agosto de 2020, o Papa Francisco enviou uma mensagem às Irmãs Mínimas do Sagrado Coração, por ocasião do centenário da morte da fundadora, a Bem-aventurada Margarida Maria Caiani que, em 1902, deu vida à congregação que, no Brasil, está presente em nossa Diocese de Grajaú, na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré em Dom Pedro-MA, em São Luís-MA e na cidade de Teresina-PI desde 1979. A italiana, de Poggio de Caiano, foi beatificada por São João Paulo II em 23 de abril de 1989.

O Pontífice iniciou a mensagem se congratulando com a decisão de se começar o ano jubilar nesta data, de memória de Margarida, para que as Irmãs possam “recordar a vida e os ensinamentos da fundadora, bem como estes quase 120 anos de caminhada, olhando também para os desafios do futuro”. O Papa, então, deu continuidade no texto falando um pouco sobre o nome dado às Irmãs Mínimas do Sagrado Coração.

As Mínimas, franciscanas e humildes

Ao chamar de “Mínimas”, Margarida quis enfatizar qual deveria ser o estilo de vida: “o estilo da pequenez”, que acabou recebendo confirmação junto à “árvore da grande Família Franciscana”, à escola de São Francisco, “para melhor seguir o Senhor, que primeiro ‘ se tornou pequeno’”:

“É uma estrada para se fazer todos os dias. É um caminho estreito e cansativo, mas, se o seguirmos até o fim, a vida torna-se fértil. Como foi para a Virgem Maria, observada pelo Altíssimo justamente porque era humilde, pequena (cf. Lc 1,47); e, assim, ela se tornou a Mãe de Deus.”

O Sagrado Coração e a oração

O Papa Francisco, então, se deteve ao “Sagrado Coração”, com raízes junto à fonte da caridade. O Pontífice comentou que o amor que Jesus tem por nós “não nos deslumbra com grandes efeitos especiais que logo se desvanecem, mas é um amor concreto e fiel, feito de proximidade, de gestos que nos elevam e nos dão dignidade e confiança”. Dessa forma vocês podem amar com o Coração de Jesus, “com gestos ricos em ternura”, com um “amor simples e concreto” a partir da própria comunidade religiosa.

“Do Sagrado Coração”, enalteceu Francisco, “não é apenas um complemento, mas diz muito mais: fala de pertencer”, a uma vida consagrada, atraída ao Coração do Senhor, que se manifesta de uma forma particular na “oração”:

“Toda a nossa vida é chamada, com a graça do Espírito, a se tornar oração. É por isso que devemos permitir que o Senhor permaneça sempre unido a nós. E, assim, Ele nos transforma, dia após dia, tornando os nossos corações cada vez mais semelhantes ao seu.”

Há momentos no dia que fomentam essa união com Deus – e que seja cheio de alegria – recordou o Papa, como a missa, a meditação da Palavra, rezar o terço ou fazer uma leitura espiritual. E que essa alegria seja atrativa e contagiosa, enalteceu Francisco, mesmo se às vezes “parece que há mil outras coisas mais necessárias a fazer, ou sentimos o cansaço de estar com Jesus”, mas, devemos permitir “que o Senhor fique unido a nós!”.

Sejam mães para o mundo

Conduzidas pelo Sagrado Coração, finalizou o Papa, “vocês serão mães para os irmãos e irmãs que encontrarem ‘do berço até ao túmulo’, como disse Margarida. O carisma de vocês também tem uma dimensão “restauradora”, um grande serviço para o bem do mundo. Com a oração e os pequenos gestos de vocês, procurem “semear no campo do mundo a semente do amor de Deus que faz novas todas as coisas”:

“A semente, quando cai no chão, não faz barulho: assim são as muitas obras que se realizam na Itália, Brasil, Egito, Sri Lanka e em Belém, especialmente em favor das crianças e dos jovens. Gestos capazes de tornar o mundo mais bonito, de o iluminar com um raio do amor de Deus.”

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