70 anos da CNBB: núncio apostólico destaca “relevante serviço” e função da Conferência na vida eclesiástica do Brasil

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) celebrou, na manhã, desta sexta-feira, 14 de outubro, uma missa em ação de graças pelos seus 70 anos de criação. A eucaristia foi presidida pelo núncio apostólico no Brasil, dom Giambatistta Diquattro. O momento também foi ocasião para a inauguração do auditório São João XXIII, localizado no terreno do Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília.

Em sua homilia, dom Giambatistta destacou a competência da Conferência dos Bispos do Brasil “no serviço eclesial que oferecem à Igreja” e que o compromisso pastoral da CNBB “é um exemplo, estímulo e conforto para o serviço da Nunciatura Apostólica”.

“É com alegria que vejo a celebração do septuagésimo aniversário, um sinal da boa e sábia eficiência da CNBB que há décadas vem amadurecendo a consciência de seu relevante serviço e sua função na vida eclesiástica do Brasil, conquistando sempre mais melhores capacidades para cumprir dignamente sua missão”, afirmou.

O representante do Papa Francisco no Brasil lembrou que a CNBB serve o episcopado brasileiro “como expressão da unidade, como instrumento da união, coordenação, colaboração mútua, promoção e instrumento de diálogo com os episcopados de outros países”.

 

Foto: Bruno Feittosa/CNBB

 

Mesmo sendo uma instituição relativamente recente na história do Brasil, tem uma “tarefa já indispensável”, segundo dom Diquattro. Ele salientou que, devido à posição geográfica, histórica e espiritual do Brasil, e sua consistência, o país tem “especial responsabilidade de respeito, de lealdade, cooperação e dialogo com a Igreja na América Latina e a Igreja universal”, o que exige uma configuração canônica própria, com os regionais, a responsabilidade coletiva no cuidado com a vida religiosa do país, e um plano de ação pastoral, “certamente em sintonia com a Santa Sé”.

Unidade

Diante dos desafios, a solução é “caminhar unidos, tendo um forte e renovado espírito de unidade”. Tal espírito “espera por um maior aprofundamento, novas manifestações, novas exigências de ações e novos desafios para o Evangelho”.

Nesse sentido, dom Giambatistta expressou “a estima e a confiança da Santa Sé na CNBB”. Isto implica, continuou, “não um propósito, mas o compromisso de apoiá-la, de reforçar o diálogo, trocar conselhos e ajuda para a Igreja no Brasil e para o ministério do Papa Francisco”.

Olhando para o futuro, o núncio apontou a preparação para o Sínodo 2023, “ocasião única e feliz para a Igreja no Brasil estudar profunda e coletivamente muitas de suas questões práticas pastorais, especialmente com referência direta a pontos importantes da Doutrina e do direito e da justiça que Deus ama”.

Foto: Caio Lima

Dom Giambatistta concluiu sua homilia afirmando que, 70 anos após a sua criação, “a CNBB está dando provas de que está pronta, com a participação atenta e entusiasmada, pró-ativa e perita para dar ao episcopado brasileiro, ao Papa e à Igreja um testemunho de evangelização, um exercício espiritual útil que a CNBB já realiza para a edificação mútua, fraterna, de fomentar uma dinâmica Pastoral sábia fraterna“.

“Pedimos com confiança à Virgem Aparecida que não esqueça a Igreja no Brasil, que cuide da CNBB, da vida cristã de cada um de nós e de nossos irmãos”, rogou dom Giambatistta.

Participações e ausências

Concelebraram a eucaristia o arcebispo de Porto Alegre (RS) e primeiro vice-presidente da CNBB, dom Jaime Spengler; o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado; o bispo de Tocantinópolis (TO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom Giovane Pereira de Melo; e o bispo auxiliar de Manaus (AM) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, dom José Albuquerque; além de padres e diáconos convidados.

Foto: Caio Lima

Antes confirmado para a presidência da celebração, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, não pôde estar presente por questões de saúde.

Gratidão

Antes de descerrar a placa de inauguração do auditório São João XXIII, onde foi celebrada a missa, dom Jaime Spengler expressou uma palavra de gratidão “a todos os que se empenharam de uma forma muito determinada para que todos pudessem celebrar de uma forma muito especial” o aniversário da CNBB.

Dom Jaime Spengler descerra a placa do Auditório São João XXIII | Foto: Caio Lima/CNBB
Auditório São João XXIII | Foto: Bruno Feittosa/CNBB

 

Fotos: Caio Lima e Bruno Feittosa

 

Fonte: CNBB

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