As principais decisões da 59ª Assembleia Geral da CNBB foram pauta da última coletiva de imprensa na tarde da sexta-feira, 2 de setembro, na voz do arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo. Para ele, “Uma assembleia de grande relevância e importância para todos nós”.
O presidente da CNBB ressaltou que os bispos do Brasil ficaram 3 anos e meio sem um encontro presencial em razão da pandemia da Covid-19 e, por isso, esta segunda etapa da 59ª Assembleia ganhou uma importância ainda maior para o episcopado brasileiro. “Voltamos ao Santuário Nacional de Aparecida para nos encontrarmos e vivermos aquilo que é o mais importante na Conferência dos Bispos do Brasil: a comunhão entre nós”, comenta dom Walmor.
Novos documentos
Nos 5 dias de encontro foram refletidos, debatidos, decididos e votados mais de 10 temas relacionados com a evangelização e com a organização da Igreja no Brasil, alguns deles destacados pelo presidente da CNBB na coletiva: a aprovação das atualizações do estatuto, da revisão do Missal, o Documento 114 e o itinerário para instituição do Ministério dos Catequistas.
Sobre a renovação do estatuto, aprovada pela Assembleia na manhã deste último dia, dom Walmor destaca que foi “Um trabalho relevante para além das letras legislativas, mas numa perspectiva de nos colocarmos em condições de sermos uma instituição que congrega todos os bispos a serviço da Igreja e do seu Povo, de maneira moderna, ágil e competente”.
Uma aprovação muito comemorada pelos bispos do Brasil foi a tradução do Missal depois de 18 anos de trabalho: “A tradução do novo missal, que se refere à liturgia, concluímos como uma grande vitória e terá um impacto muito grande em nossas comunidades de fé no que diz respeito às celebrações litúrgicas”, ressaltou o presidente durante a coletiva.
Outro destaque importante no que diz respeito às votações na assembleia foi o Documento 114, que estava publicado como estudo e agora será editado como documento pela CNBB, sobre a animação bíblica da pastoral. “Trata-se da experiência importante e bonita de colocar a Palavra de Deus no centro, em todo o lugar”, analisou o presidente da CNBB.
A presença da Igreja no Brasil
Dom Walmor afirmou que a 59ª Assembleia Geral marcou a celebração dos 70 anos da CNBB, uma data importante para revisitar uma história de grande importância para a sociedade brasileira. “A comemoração foi ocasião também para a Igreja olhar a si mesma, revendo o passado, analisando o presente, planejando o futuro e reafirmando sua missão no Brasil”, disse.
Como missão da Igreja, após a 59ª AG CNBB, dom Walmor apontou:
“Como Igreja no coração do mundo temos uma missão enorme de anunciar o Reino de Deus e de marcar a nossa sociedade brasileira, em tempos muitos difíceis, com o sabor do Evangelho de Jesus Cristo. Deus seja louvado por este caminho e que Ele nos enriqueça para que nós possamos abrir novos caminhos com as luzes do Evangelho para a vida do povo brasileiro, superando descompassos, desigualdades sociais vergonhosas e, sobretudo, o enfretamento do problema gravíssimo da fome em todo o Brasil. Queremos que tudo aquilo que fizemos, rezamos, discutimos e decidimos se torne uma grande força para a sociedade brasileira no cumprimento da tarefa missionária da Igreja”.
Dom Walmor finalizou sua participação na coletiva ressaltando a importância do respeito a democracia, em um contexto de esperança no seguimento de Jesus Cristo, caminho de diálogo, respeito e apreço pela vida em todas as suas etapas.
Por Victória Holzbach
Fonte: CNBB