Casa Bom Samaritano realiza formação com grupo de voluntários

A prática do voluntariado pode transformar vidas. Essa é a motivação de um grupo de jovens estudantes e graduados que participam da formação para o voluntariado no Centro de Acolhida Casa Bom Samaritano, em Brasília.

O grupo integrado por 20 voluntários vai atuar nos espaços da Casa, fazendo a experiência de contato direto com as famílias de migrantes e refugiados acolhidos no Centro. A formação teve a participação da irmã Rosita Milesi, diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH)/Fundação Scalabriniana, e de Paulo Tavares, coordenador do Centro de Acolhida.

A oficial de mobilização comunitária e voluntariado do Centro de Acolhida Casa Bom Samaritano, Bianca Abrahami

A oficial de mobilização comunitária e voluntariado do Centro de Acolhida Casa Bom Samaritano, Bianca Abrahami, fala sobre a importância dos voluntários nas atividades da Casa.

“Estamos felizes com a participação deste novo grupo que vai colaborar com as ações de acolhida desta Casa. Os voluntários serão divididos em áreas de atuação, sendo responsáveis por realizar diversas atividades. Aqui estão voluntários das mais diversas áreas, colaborando com todas as ações realizadas com os migrantes e refugiados. Temos uma metodologia em que os voluntários são o coração da Casa Bom Samaritano. Por termos uma equipe reduzida, eles fazem toda a diferença e nos ajudam a complementar nossas atividades e ações”, destacou.

Um espaço de acolhida

A Casa Bom Samaritano é da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que a cedeu em comodato para a AVSI BRASIL, para ali funcionar o Centro de Acolhida. A entidade responsável pelo Centro e gestora da estrutura é AVSI Brasil, que conta com a participação e colaboração do IMDH para acolher, promover e integrar por meio do trabalho, famílias de migrantes e refugiados venezuelanas.

O Centro de Acolhida Casa Bom Samaritano tem em sua missão facilitar a integração socioeconômica de migrantes e refugiados venezuelanos oriundos de Boa Vista (RR) que se tenham candidatado voluntariamente ao processo de interiorização, liderado pela Operação Acolhida. Até o momento, em menos de um ano de funcionamento, já foram acolhidas 140 pessoas. O limite de permanência no Centro é de 3 meses, período no qual participam em cursos, fazem atividades culturais, estudam português e realizam trabalhos colaborativos na casa. Neste período a equipe técnica ajuda-os em sua integração laboral, de modo que, antes de deixarem o Centro já tenham pelo menos um membro familiar com emprego formal.

Gratificante poder ajudar

Joyce Santos

Joyce Santos, 22 anos, é graduanda em Letras na Universidade de Brasília. Pela primeira vez fará uma experiência de voluntariado.

“A minha expectativa principal é viver a oportunidade do voluntariado, aprender com os migrantes e poder contribuir em uma causa social, pois sempre tive esse desejo de poder ajudar. Sempre tive interesse pelo tema migração e refúgio e durante a minha graduação, mesmo sendo estudante de Letras, sempre acabei me envolvendo em projetos relacionados e queria ter um pouco mais de experiência prática, vivendo de perto o contato com as pessoas. É muito gratificante poder ajudar”, lembrou a voluntária.

Os voluntários participaram da formação na Casa Bom Samaritano na quinta e sexta, 27 e 28 de janeiro. Na programação conheceram o histórico e a filosofia que orienta a ação social e humanitária desta obra, aprofundar o conceito e a legislação sobre migrantes e refugiados, bem como os princípios humanitários e a Operação Acolhida.

Irmã Rosita Milesi, diretora do IMDH

Irmã Rosita Milesi, diretora do IMDH, destaca a importância dos voluntários para o projeto de acolhida dos migrantes.

“O voluntariado é uma bênção para a Casa Bom Samaritano, assim como o é em qualquer outro espaço de atuação. São estas pessoas que estendem para além dos braços da equipe que atua na instituição o bem que a Casa se propõe realizar. São expressão concreta de generosidade e testemunhas do amor desinteressado e colaborativo na causa em favor dos migrantes e dos refugiados”, lembrou a diretora.

 

Com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto Migrações e Direitos Humanos

 

Fonte: CNBB

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