Retrospectiva 2021: Ação Solidária Emergencial ganha novo impulso em 2ª fase e arrecada 24 milhões de kilos de alimentos

O repicar dos sinos no dia 11 de abril deste ano, Domingo de Misericórdia, marcou o início da segunda fase da Ação Solidária Emergencial “É Tempo de Cuidar” e deu novo impulso à iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Cáritas Brasileira à qual se somaram também novos parceiros como a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), o Movimento de Educação de Base (MEB) e a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC).

A ação convidou as comunidades e paróquias católicas do Brasil a repicar os sinos salientando a importância da manifestação de sinais de esperança, fé e solidariedade diante das mortes pela Covid-19.  “Um trabalho bonito, necessário, desenvolvido com o empenho de evangelizadores de muitas dioceses – de norte a sul e leste a oeste – de todo o Brasil”, segundo o presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo.

Segundo o secretário-executivo de Campanhas da CNBB e subsecretário adjunto interino da entidade, padre Patriky Samuel Batista, o grande objetivo da segunda fase é motivar a solidariedade local, organizar o serviço da caridade. Um vídeo, lançado dia 7 de maio, conclamou aas comunidades de fé a se unirem em um grande mutirão de ajuda aos mais necessitados.

 

 

Semana Nacional de Mobilização da “É Tempo de Cuidar”

Em junho, de 8 a 12, foi realizada a Semana Nacional de Mobilização da segunda etapa da Ação Solidária Emergencial “É Tempo de Cuidar” com a realização de ações solidárias nas dioceses, organismos e pastorais da Igreja no Brasil. Uma série de ações (celebrações, live e a realização, em diversos pontos do Brasil, de “drive thrus”) marcaram a animação destes dias em que a coleta de alimentos foi intensificada.

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e  secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, afirmou na celebração eucarística da semana, que em sua nova fase a Ação Solidária Emergencial “É Tempo de Cuidar” volta o foco para o combate a fome, realidade que as comunidades estão vendo crescer no país. “Quando um filho de Deus sofre, o Senhor está sofrendo nesta pessoa”, disse.

O bispo-auxiliar do Rio de Janeiro apontou ser necessário vencer três dificuldades para fazer a solidariedade acontecer nestes tempos de pandemia: o pecado (egoísmo), o cansaço e a descrença. O bispo defendeu ser necessário adorar a Deus também por meio da ação caritativa. Dom Joel convidou aos católicos a manterem-se firmes em seu compromisso de fé que precisa se traduzir em solidariedade e partilha.

O frei Rogério Soares organizou, na na paróquia Sagrado Coração de Jesus e Nossa senhora das Mercês, em Brasília (DF), um ponto de entrega de alimentos, de domingo a domingo, das 7h às 18h. Foi o caso também da rádio Rádio Bom Jesus FM 98.1, da diocese de Bom Jesus da Lapa (BA), que organizou, no dia 12 de junho, uma ação de “drive thru” em frente à sua sede.

Balanço da segunda fase da Ação Emergencial

Até junho de 2021, segundo a Cáritas Brasileira, organização que coordena a sistematização dos dados, desde o início da segunda fase, no dia 11 de abril, domingo da Misericórdia, a Ação havia arrecadado 1 tonelada e meia de itens alimentícios, R$ 140.000,00, 252 mil alimentos para consumo (marmitas), 117 mil kits de higiene pessoal, 115 mil equipamentos de proteção individual e 53 mil unidades de roupas e calçados. A atualização dos números pode ser acompanhada aqui na Plataforma de registro das ações.

Em novembro de 2021, mês da última atualização dos dados, segundo a Cáritas Brasileira, foram arrecadados 24,7 milhões de ítens alimentícios, R$ 1,200 milhões, 608 mil alimentos para consumo (marmitas), 333 mil ítens de vestuário (como roupas e calçados), 224 mil kits de higiene e limpeza e 292 mil equipamentos de proteção individual, como máscaras. Nesta segunda fase, foram registradas ações de 76 Igrejas particulares do Brasil (arquidioceses e dioceses).

A Ação Emergencial

A Ação Solidária Emergencial “É tempo de Cuidar” foi lançada no dia 12 de abril de 2020, Domingo de Páscoa, com a intenção ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar, e entrou em sua segunda fase no Domingo da Misericórdia, dia 11 de abril, a partir da homenagem proposta pela CNBB em solidariedade às vítimas da COVID-19 que estimulou o repicar conjunto dos sinos das paróquias de todo o Brasil.

Com um alcance de mais de 1,1 milhão de pessoas beneficiadas, foram arrecadados em recursos financeiros mais de R$ 4,5 milhões e distribuídos cerca de 5,9 milhões de quilos de alimentos. O balanço aponta ainda que as populações em situação de vulnerabilidade receberam 713 mil refeições prontas, 675 mil peças de roupas e calçados, além de 405 mil kits de higiene pessoal e 409 mil equipamentos de proteção individual.

“É tempo de cuidar” continua com seu propósito de ajudar a combater a fome no Brasil. Para tanto, está desenvolvendo ações de mobilização, as quais pretendem atingir não somente as entidades da Igreja, mas também as organizações dos mais diversos segmentos da sociedade civil, por meio do estabelecimento de parcerias e desenvolvimento de projetos conjuntos.

Balanço da primeira fase

Durante a programação da 58ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (AG CNBB), na celebração de abertura, dia 12 de abril de 2021, foi lançada esta segunda fase. Na apresentação do relatório do presidente, apresentado aos bispos no primeiro dia da Assembleia, foi feito um balanço com os resultados da primeira fase. Na tarde do dia 14 de abril, foi  apresentado um balanço geral e a segunda fase da campanha ao episcopado brasileiro.

A Cáritas Brasileira, organização que sistematiza e monitora os dados da campanha, no balanço de 23 de março,  aponta 823 ações registradas em 140 arquidioceses e dioceses brasileiras, com a marca de 5,868.961 mil kilos de alimentos. Em recursos financeiros, a campanha atingiu R$ 4,523.832,00.

Em sua primeira fase, a campanha produziu e distribuiu para as populações mais vulneráveis cerca de 717 mil alimentos (quentinhas), arrecadou e distribuiu 727.832 mil unidades de roupas e calçados, 411.580 mil kits de higiene e 414.114 mil equipamentos de proteção individual. Mais de 1,1 milhão de pessoas foram beneficiadas. O mapa com os dados pode ser acessado aqui.

Fonte: CNBB

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