“Tudo está interligado como se fôssemos um tudo está interligado nesta casa comum.” (Cireneu Kuhn, svd).
Nos dias 12 a 17 de março de 2021 a Equipe da Pastoral Indigenista Irmãs Jovenilde Alves Neves, Maria das Graças Gomes, Marinete Silva Souza (Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas) e Irmã Adeilde de Sousa Leal (Capuchinha de Madre Rubato), estiveram no Território Krenyê (Aldeias Vitória, Pedra Branca e Mangueira) no município de Tuntum, MA e reunidas com os caciques do Território Geralda Toco Preto/Timbira (Aldeias Geralda Toco Preto, Esperança e Sibirino), em Itaipava do Grajaú, MA.
Nesta missão, damos continuidade ao Projeto “Desenvolvimento de Atividades Produtivas com Comunidades Indígenas, em vista da sustentabilidade” com o apoio da Diocese de Grajaú, Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM e da Província Irmã Cléglia Ânesi-PCA.
Nestes dias convivemos, compartilhamos saberes e experiências. Refletimos a respeito da Agroecologia, Soberania alimentar, Alimentação saudável, sementes criolas, como “direito dos povos definirem suas próprias políticas e estratégias sustentáveis de produção e consumo de alimentos saudáveis, respeitando suas próprias culturas”, deixando claro que quando se guarda as sementes originais nos tornamos sujeitos históricos dos processos. Tudo isso, com mística, partilha de vida, cantos da Cultura e dança, memória da caminhada e da conquista da terra, espiritualidade, saúde e educação, importância da preservação e ensino da língua materna.
Dedicamos ainda boa parte de tempo para escuta das aldeias, de modo especial dos conflitos internos e externos.
Foi gratificante estar na companhia das famílias Indígenas e mutuamente nos fortalecemos na fé e na esperança.
Entregamos as sementes de feijão num ritual celebrativo, tendo como símbolos, a terra, água, fogo e sementes, com recitação do salmo 64, 7-11, meditação da Leitura de Isaias 55, 10 -11 com cantos e danças na língua materna, ao som do maracá, valorizando a sabedoria dos anciãos (as) das aldeias.
Após serem entregues as sementes criolas de feijão para o plantio, foi elaborado um Termo de Compromisso e assinado por todas as pessoas presentes como compromisso de plantar e guardar 10% das sementes colhidas para os próximos e futuros plantios.
Encerramos a missão, com a contemplação das roças de arroz, feijão, milho, abóbora, mandioca, entre outros, especialmente nas aldeias do povo Kreniê.
Agradecemos a todas as pessoas que foram solidários com a Missão: Dom Rubival, Padre Getúlio, a Província Irmã Cléglia Ânesi e as Famílias que nos acolheram e nos alimentaram.
Na Abertura do Ano de São José.
Barra do Corda- MA ,19 de março de 2021.
Pastoral Indigenista – Diocese de Grajau