Bispo de Grajaú lança Campanha da Fraternidade 2016

Os católicos grajauenses, fizeram na noite deste domingo (14), a abertura oficial da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE), este ano com o tema “Casa comum, nossa responsabilidade”, e como lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24), propondo um debate sobre o saneamento básico no país. A CF 2016 também é promovida pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic).

Estava prevista a tradicional caminhada de abertura pelas ruas da cidade, que foi cancelada devido às fortes chuvas no horário marcado; um grupo de católicos ainda estiveram na Ponte de Madeira, local da concentração, mais foram dispersados pela chuva.

Durante a homilia, o bispo diocesano, dom Franco Cuter, reforçou o sentido da Quaresma dizendo que é um tempo de mudança de vida e, que terminar o tempo quaresmal sem uma verdadeira transformação no coração nos assemelha às atitudes meramente egoístas “A atitude de Jesus, apresentada no evangelho de hoje nos mostrar que diante das tentações deste mundo, devemos ser fortes e renunciar ao ter e ao poder, frutos do egoísmo que escraviza e faz sofrer tantos irmãos e irmãs”.

Dom Franco falou também do tema da Campanha da Fraternidade (Casa comum, nossa responsabilidade), que propõe à Igreja uma reflexão e atitude, de modo específico, sobre a questão do saneamento básico. Porém, o bispo destaca que olhar para o tema de maneira cerrada empobrece o sentido maior da quaresma, que nos convida à conversão e à percepção daqueles que mais necessitam, valorizando a vida humana conforme expressado na Enciclica Ladauto Sí. “O que está em jogo não é simplesmente a água que é carregada pelos sistemas hidráulicos e pelos esgotos, mas o que está em jogo é a vida”.

Representando o grupo “Os Guardiões do Rio Grajaú”, o grajauense Valdemon Souza, fez uma breve apresentação sobre a situação preocupante que se encontra o ‘Rio Grajaú’; mostrou imagens que revela o descaso dos grajauense com sua casa comum “Numa ação que realizamos para limpar as margens do rio no início de dezembro, recolhemos mais de 400 kg de lixo, a maioria deles produzidos por aqueles que dizem quem amam o rio, mais não fazem nada por ele, ao contrário, estão destruindo”, lamentou.

Sobre o tema

A igreja quer chamar a atenção das pessoas e das autoridades para as violações à natureza e, dentro desse contexto, a falta de saneamento básico que tem gerado muitos problemas; a casa comum que está sendo ameaçada é o nosso planeta e, em meio a essa situação, a população sofre com falta de água potável, exposição a doenças pela falta de esgotamento sanitário e coleta de lixo, para se ter uma ideia, somente 51% da população do território nacional tem saneamento básico. Educação para a fraternidade e para convivência no espaço da co-cidadania, é a meta a ser alcançada neste tempo de debate e reflexão.

 

O lema da CFE 2016 é “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. A proposta da ação é estimular na sociedade o conhecimento da realidade local deste serviço e incentivar o consumo responsável dos recursos naturais.

A proposta está em sintonia com a Encíclica do Papa Francisco, “Laudato Si”, que visa o aprofundamento, com a sociedade, de questões como o saneamento básico, a fim de garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida aos cidadãos.

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